Muitas pessoas ainda insistem, de forma equivocada, em comparar o
temperamento de gatos e cães. Nessa “disputa” desleal, os felinos muitas
vezes “perdem” e acabam sendo apontados como individualistas,
traiçoeiros e insensíveis. Essa visão distorcida é resultado da
interpretação errada dos sinais e das demonstrações de afetuosidade dos
gatos, conforme esclarece a Dra. Elaine Pessuto, médica veterinária e
diretora do CETAC – – Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e
Cirurgia Veterinária.
“Infelizmente quem nunca teve gatos tem esse hábito, ao comparar a
pessoa acaba caindo no erro de achar que gatos são insensíveis ou até
mesmo traiçoeiros, pois não conseguem perceber as demonstrações de
incômodo ou mesmo de felicidade desses animais”, salienta a médica.
Todas as pessoas, mesmo as que não convivem com cães, sabem
identificar quando os cães estão felizes: eles abanam o rabo. Mas como
sabemos quando os gatos estão felizes? Esse desconhecimento faz com que
os felinos sejam incompreendidos.
“Os gatos expressam satisfação através de um barulho semelhante a um
ronco leve, esse movimento chega até a vibrar sua garganta e tórax,
levando as pessoas leigas a acreditarem que ele possa estar doente, com
asma ou pneumonia. Esse movimento é chamado ronronar”, esclarece a Dra.
Elaine.
Ainda de acordo com a especialista, outra forma do felino demonstrar
sua felicidade com alguma coisa ou pessoa é se esfregar ou mesmo
“amassar pão”, movimento constante feito com as patinhas. “Eles fazem
isso, pois possuem glândulas na região da boca e da mão; essas glândulas
deixam uma secreção nos objetos e nas pessoas que eles gostam, um sinal
de dizer que ‘isso’ é adorado por eles e conseqüentemente deles”,
explica.
Outra peculiaridade é a forma como sinalizam sua insatisfação com
determinada situação. “Ele pode demonstrar insatisfação movimentando
suas orelhas para trás, elas são verdadeiros termômetros de humor,
quanto mais para trás maior é a insatisfação. Outra forma de mostrar
chateação é através da cauda, com um movimento ritmado como se ele
orquestrasse, e a velocidade desse movimento pode ficar cada vez rápida
se o que o incomoda persistir”, destaca.
Segundo a médica veterinária os gatos são extremamente participativos
e comunicativos, além de serem sociáveis com pessoas e outros animais.
Assim como os cães, eles também precisam de atenção e carinho. “Tudo
depende de como eles são criados. Devemos manter o vínculo de carinho e
proteção. Nada de deixar os gatos saírem e não alimentá-los; pires de
leite de vez em quando não é dieta balanceada para gatos, fora a
necessidade de castração e de manter o animal sem sair. Carinho e
alimento irão manter qualquer animal bem feliz junto ao seu dono”,
orienta Dra. Elaine Pessuto.
Embora carinhosos, os gatos são animais que conseguem manter uma
certa independência, o que a maioria dos cães não consegue. Os gatos,
quando ligados emocionalmente, encaram seus proprietários como ‘pais’.
E para aquelas pessoas, que por desconhecimento, ainda insistem em dizer que os gatos não gostam de carinho, a médica veterinária reforça: “O gato adora carinho e também sabe dar carinho, a maneira como eles fazem é que é diferente. Quando eles esfregam o focinho e o rosto nas pessoas eles estão esfregando suas glândulas oronasais e molares e eles só fazem isso em pessoas ou objetos que eles adoram. Isso para os gatos é carinho”.
Dra. Elaine Pessuto, médica veterinária e diretora do CETAC – www.cetacvet.com.br
Parabéns pelo post. Tenho 6 gatos e 2 cães, todos adotados e todos são ótimos! Mas não dá para comparar.
ResponderExcluirAbçs
Essa postagem merece um compartilhamento! Já vi muita gente falar que "odeia gatos" porque eles só se preocupam com eles! Tenho 2 cães e um casal de gatos, com excessão do gatinho macho, todos castrados, o gatinho ainda é filhote. Minha gata mudou um pouco depois da cirurgia, mas sempre foi carinhosa, antes era mais "chegada", mesmo assim canso de acordar com ela se esfregando em mim. Eles são fofos! Tão fieis quanto os cães. Também já vi pessoas falando que gato não gosta do tutor, gosta da casa, isso não é verdade, apenas o gato não gosta de mudanças, então quando um tutor se muda eles querem ficar na casa e aguardar sua volta, o que acaba geralmente mal quando uma pessoa desavisada e despreocupada com o bem do seu bichano o larga lá. Quando se mudar, leve seu gatinho na caixa de transporte, para que ele não fuja, o tranque num quarto com tudo que ele precisa, água, comida, areia, por uns 3 dias, mantendo a higiente, depois aos poucos deixe que ele saia, mas sempre permitindo acesso ao quarto, ele vai se adaptar rápidinho unindo esses cuidados ao seu amor e carinho. :)
ResponderExcluirExatamente Nailinha.
ExcluirO que acontece é que as pesoas adotam um animal, mas na verdade elas precisavam de um "ursinho de pelúcia", outros dizem preferir gatos porque moram em apartamento e o gato não late. Eles procuram um cão que não lata e acabam adotando um gato!
Obrigado pelo seu depoimento e sua colaboração ao nosso Blog!
Realmente não tem nem comparação, eu sempre tive cão e a 13 anos eu adquiri meu primeiro gato branco para a minha esposa (um angorá com persa) e a 3 adotei um de rua (pretinho) e friso que não tem condições de compara as espécies. E não tenho nada de reclamar, tanto um quanto outro só querem de nois a mesma coisa, ou seja: amor, carinho, cuidado e dedicação
ResponderExcluirParabéns pelo post
Frisando suas palavras... O que há em comum entre cães e gatos: "Só querem de nós a mesma coisa, ou seja: Amor, carinho, cuidado e dedicação." Obrigado pela colaboração!
ExcluirOlá Renato!
ResponderExcluirEu também tenho um espaço reservado que só falo de animais, em homenagem
aos gatinhos que já tive.
Muito bom o texto, realmente não tem comparação um animal com o outro.
Eu amo os dois, mas tenho verdadeira paixão por gatos.
Abs. Fica com Deus.
Os gatos são animais muito sensíveis, só se aproximam de pessoas que gostam deles!
ResponderExcluirUm grande abraço!
Sou louca por gatos... Não troco eles por bicho nenhum!!!
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